“O conceito clássico de razão deve efetivamente ser revisto:
- Depois de Marx e Freud, não podemos mais aceitar a idéia de uma razão soberana, livre de condicionamentos materiais e psíquicos.
- Depois de Weber, não há como ignorar a diferença entre uma razão substantiva, capaz de pensar fins e valores, e uma razão instrumental, cuja competência se esgota no ajustamento de meios e fins.
- Depois de Adorno, não é possível escamotear o lado repressivo da razão, a serviço de uma astúcia imemorial, de um projeto imemorial de dominação da natureza e sobre os homens.
- Depois de Foucault, não é licito fechar os olhos ao entrelaçamento do saber e do poder.
Precisamos de um racionalismo novo, fundado numa nova razão. “
Rouanet, S. P. As razões do iluminismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 12.
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