terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Economistas e ética

Deveriam os economistas observar um código deontológico?
Hoje mais do que nunca somos confrontados com as intervenções constantes de economistas que opinam sobre a crise, suas causas e panaceias. Mas, obviamente, a economia é ainda uma ciência incipiente e, sobretudo, fortemente afectada pela ideologia. Esperar-se-ia que quando nos apresentam estudos e as suas interpretações houvesse também informação sobre as instituições que subsidiaram esses estudos e sobre a perspectiva ideológica dos economistas em questão, porque, por exemplo, professar uma ideologia neo-liberal não é o mesmo que ser um economista marxista. Ora, actualmente tudo isto fica numa desconfortável penumbra e assim as pessoas cada vez percebem menos o que se passa, embora se dê a sensação de que são devidamente informadas.
Assim como os médicos observam um código deontológico, não seria despiciendo se os economistas também observassem um conjunto de regras quando nos informam sobre a saúde ou a doença da economia:
Quem subsidia as suas investigações? Em que linha ideológica se situam? Exercem cargos administrativos ou outros em empresas e em negócios, quais? Que ligações têm à banca?
Bem, isto são apenas algumas sugestões, obviamente uma «Ordem» é que deveria regularizar o uso da profissão.

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