sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Erros estranhos de um economista de eleição e político a contragosto

Tenho acompanhado o debate para a eleição presidencial e não posso deixar de estranhar a prestação do candidato Cavaco Silva. Este, nos idos de 2001, adquiriu acções de uma instituição detentora do tristemente célebre BPN, acções essas que lhe renderam juros absolutamente invulgares e que lhe deveriam ter dado que pensar - mas aparentemente não deram - limitou-se a empochar o dinheiro. Sendo um economista e um economista que tantos reverenciam, como é que não percebeu que o esquema de que estava a beneficiar  tinha contornos que o aproximavam do caso D. Branca que, como ele bem sabia, acabou no tribunal e colocou a «vetusta» senhora atrás das grades!? Para uma pessoa que diz pautar-se por rígidos critérios de honorabilidade, devia também reconhecer que tão ladrão é o que vai à horta como o que fica à porta, embora a tradição e os bons costumes sejam normalmente brandos para quem fica à porta. Devia ainda perceber que para um político e um político com pretensões de carreira, como se veio a provar, esse comportamento haveria de ter implicações e levantar suspeições. São estes aspectos que estão em causa e não propriamente a sua responsabilidade na gestão desse banco e nos sucessos que dela advieram, que é nula..
Não contente com esta lamentável prestação, ainda teve o desplante de tentar afastar o foco do debate para a nova administaração do BPN, assacando-lhe responsabilidades por não ter conseguido reverter a situação comparando com bancos ingleses que o conseguiram; então ele também não percebe que não são situações comparáveis, onde estão os seus autoproclamados conhecimentos de economia e finanças e onde estão os comentadores que não o zurzem como deviam e continuam a dobrar a língua com o «sr. professor» como se este fosse uma sumidade na matéria!?

1 comentário:

  1. Corria 2007. Fiz um anúncio na procura de um sócio/a para partilha de uma loja em que os dias de trabalho mensal seriam os dias 1 - - 4,5,6 - - - - 11,12,13,14,15 - - - - - 21,22,23,24 - - - 28,29 - - (31). Ou seja que um sócio trabalharia nesses dias e o outro nos dias a tracejado. Dava 15 dias a cada um e 31 seria em conjunto. O salário seria de 33% sobre os lucros para cada sócio. Ofereci ainda alojamento grátis e alimentação nos primeiros tempos. Ninguém respondeu. Presumo a proposta muito excêntrica.
    P.S. Confidenciei com algumas pessoas. «Sistema estúpido!», disseram. Só conheço campeões.
    P.P.S. Claro que os dias podiam ser divididos por outras combinações mas EU escolhi esta.
    P.P.P.S. Parece que, 3 anos depois, arranjei alguém mas desta vez paga uma renda e fica na loja 6 dias por semana que eu esgotei a paciência e vivo de rendimentos mais tradicionais. Não quero ofender os génios com a minha excentricidade.

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